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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Família, Pessoa e Sociedade



Palestra do Padre Jorge Alves Filho - Família, Pessoa e Sociedade - 2 

O homem é imagem de Deus na sociedade e na família. Torna-se imagem e semelhança, não só por sua humanidade, mas também por sua comunhão: homem e mulher. É na diferença que o ser humano se encontra. Seu corpo é manifestação da sua identidade e do enriquecimento recíproco a que é chamado, pois foi criado no amor de Deus e deve expandir este amor.


A cultura em que vivemos é marcada por uma filosofia na qual os homens são indivíduos que buscam suprir suas próprias necessidades, e é vendida a idéia de que é preciso “se dar bem”, como se vivêssmos num universo autônomo. Cresce também a indiferença em nossa sociedade, e faz parte do processo de secularização. Como discípulos missionários, temos pela frente o desafio de ajudarmos o homem a viver nesta sociedade, evitando a secularização, o distanciamento do senso religioso, pois cremos que sem Deus (do qual somos imagem) jamais conseguiremos nos encontrar.


Não basta uma religiosidade somente intimista, mas é preciso resgatar a vivência em comunidade: é ela que nos aproxima do princípio da comunhão de pessoas, para a qual fomos criados e que nos define enquanto seres humanos.


É preciso amar profundamente a sociedade e o homem de hoje, para ajudá-los a se encontrarem. É preciso termos um olhar crítico sim, mas, antes de tudo, abertos para o que há de bom no novo. Valem os seguintes questionamentos:
- Será que a sociedade não tem nada de bom a oferecer à família?
- Não deveríamos nos abrir às boas coisas novas, sabendo “viver no mundo, sem sermos do mundo”?
- Temos dificuldades em entender os novos tempos?
- Será que só porque o homem pós-moderno não segue nossos padrões, isso quer dizer que ele também não esteja em busca da felicidade, da sua realização?
- Quais são os novos valores que está buscando?
- Sabemos diferenciar valores de simples tradições?
- Reconhecemos que nestas realidades é que estão se construindo os indivíduos?


Concluo com as palavras de João Paulo II:


“A família cristã é, portanto, chamada a fazer a experiência de uma comunhão nova e original, que confirma e aperfeiçoa a comunhão natural e humana. Na realidade, a graça de Jesus Cristo, «o Primogênito entre muitos irmãos», é por sua natureza e dinamismo interior uma «graça de fraternidade» como a chama Santo Tomás de Aquino. O Espírito Santo, que se infunde na celebração dos sacramentos, é a raiz viva e o alimento inexaurível da comunhão sobrenatural que estreita e vincula os crentes com Cristo, na unidade da Igreja de Deus. Uma revelação e atuação específica da comunhão eclesial é constituída pela família cristã que também, por isto, se pode e deve chamar «Igreja doméstica».” (Familiaris Consortio, 21) 


Fonte:
http://pastoralfamiliarrj.blogspot.com/2011/08/palestras-xiii-congresso-nacional-2.html

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